sábado, 4 de junho de 2011

Açores - Recordar as Sanjoaninas

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Estão prestes a começar as Sanjoaninas, na aficionada cidade de Angra do Heroísmo na Ilha Terceira/Açores.
Ao longo da minha já longa vida de aficionado houve momentos marcantes. Dois deles foram as corridas em França e os seus aficionados, pela forma como compreendem, discutem e defendem a Festa dos Touros. Igualmente guardo as mais gratas recordações das vezes que me foi dada a oportunidade de estar na Terceira e poder assistir às suas Festas de São João, as suas Sanjoaninas. Os aficionados da Terceira, e em especial os de Angra do Heroísmo, vivem a Festa dos Touros de maneira especial. São conhecedores, estão ao corrente de tudo o que se passa no mundo dos touros. Não só agora com as novas tecnologias, mas de sempre. Recordo a grata surpresa quando fui, pela primeira vez, à Pastelaria Lilás, com o meu querido amigo e companheiro de escrita Ricardo Jorge e participei na tertúlia que todos os dias ali tinham lugar entre aficionados ilustres. Uma maravilha de conversa e de conhecimento, pela forma positiva mas critica como defendiam os cartéis das suas Sanjoaninas. A Tertúlia Tauromáquica Terceirense – Tomé Belo de Castro – um baluarte na Ilha que desde 1966, com aficionados conhecedores e empreendedores defendem o espectáculo que mais os apaixona.
Nas minhas visitas aos Açores tive oportunidade de conviver com os empreendedores aficionados da Comissão da Praça e das Festas, com gente do touro.
Recordo entre muitos outros episódios aquela festa magnífica na ganadaria de Rego Botelho, quando ali estive na companhia de Fernando Camacho, então apoderado de Pedrito de Portugal. O convívio com Manuel Diaz “El Cordobés”, Manuel Caballero, Fernando Ochôa, José Maria Manzanares (pai) e Paco Ojeda, estes dois numa das corridas que menos tempo demorou e que um dia vos contarei a história.
Para que as recordações dos Açores e desta Ilha encantadora como é a Terceira, fiquem completas, recordo também os momentos vividos como o João Queiroz, o Emílio (fotógrafo) que nunca tinha andado de avião, o José Barradas, o Bacatum e o Filiberto Mira. Até tive a oportunidade de viver a sensação de um tremor de terra bem forte, em que o matador de touros Manuel Caballero, aterrorizado passou por nós no hall do hotel com a espuma da barba na cara e em cuecas, só parando no jardim em frente à Residência Cruzeiro, onde estávamos hospedados.
Este pequeno vídeo que vos deixo é uma singela homenagem a todos os aficionados dos Açores, que lutam no meio do Atlântico para que este espectáculo perdure no tempo.


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