Dr. Moita Flores um dos rostos na defesa da Festa |
Por vezes há males que vêm por bem. Foi necessário os ataques á Festa chegarem ao ponto a que se chegou para que os aficionados, incluindo alguns dos políticos, acordassem para a realidade.
Os políticos na Catalunha ao proibirem os touros naquela comunidade, não fizeram mais do que atear o fogo que há muito estava em lume brando.Daí aos países sul-americanos onde a tradição do espectáculo taurino tem raízes muito profundas, ali plantadas por nuestros hermanos foi um ápice.
Em Espanha a ILP (Iniciativa Legislativa Parlamentar) foi o sinal maior dos aficionados ao reunirem as assinaturas necessárias para levarem ao parlamento o documento reivindicativo para que a Festa seja tida como uma actividade de interesse nacional.
A mais recente manifestação por parte de aficionados e políticos (que agora se juntam) deu-se há poucos dias no México, e por agora as intenções do ataque à Festas dos Touros naquele país estão em banho-maria.
Por cá, depois do grande contributo do Dr. Moita Flores e da recolha das assinaturas, houve também o aparecimento de alguns movimentos em defesa da Festa.
Surge agora o movimento dos municípios portugueses, se bem que já existia na Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), a secção de municípios com actividade taurina que foi criada em Setembro de 2001 e congrega 40 municípios de norte a sul do país.
Sete municípios portugueses já declararam a tauromaquia como Património Cultural e Imaterial de Interesse Municipal, uma medida que promete ser seguida por vários autarcas de norte a sul do país.
O primeiro concelho a tomar a decisão foi o de Vila Franca de Xira, seguindo-se os municípios de Sabugal, Barrancos, Pombal, Alter do Chão, Monforte e Fronteira.
O próximo município a avançar com a declaração será o de Alcochete, no decorrer de uma reunião de câmara marcada para o dia 09 de Maio, adiantou à Agência Lusa o presidente da câmara, Luís Franco.
"Trata-se do reconhecimento formal daquela que é uma característica ou um elemento integrante da nossa identidade local. A tauromaquia faz parte do quotidiano das gentes de Alcochete", justificou.
De acordo com o autarca, o processo vai ser também desenvolvido durante o mês de Maio nos restantes concelhos que integram a secção dos municípios com actividade taurina, departamento que está aliado à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
"O que ficou acordado decidir nas câmaras foi assumir a tauromaquia como Património Cultural e Imaterial Municipal, durante o mês de Maio, para depois, em Junho, as assembleias municipais poderem também deliberar no mesmo sentido", explicou.
Após essa apreciação, o município vai apresentar uma candidatura para que as manifestações taurinas sejam declaradas Património Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
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