É sempre mais fácil estar ao lado dos vencedores. Estar ao
lado dos que estão na berlinda no momento. O difícil é ser coerente nos
critérios de apreciação. Já não é o caso de ter ou não “buena prensa” como
dizem os espanhóis. É um caso de sanidade intelectual, um compromisso com a
profissão que se rege por um código deontológico em que não cabem as parcialidades,
as modas ou os que mais gente possam levar às praças.
Se Espanha hoje vive o momento que vive, sobretudo a
temporada de 2016, ela ficou-se a dever principalmente a um toureiro: López
Simón, com as suas saídas a ombros em Madrid, conseguidas a ferro e fogo e
também o seu sangue. López Simón pediu a gritos esta “revolução" no toureio. Que
permitisse aos jovens valores poderem discutir os primeiros lugares no escalafón.
Alternar com as figuras nos cartéis das feiras mais importantes…e conseguiu-o.
Veio depois de Nimes, da sua alternativa, Andrés Roca Rey que com outra
estrutura por detrás que não a de Juian Guerra, o apoderado independente de
López Simón e Miguel Abellan, conseguiu colocar toda a gente a falar do
toureiro peruano, relegando a imprensa para segundo plano, tudo o que tinha e
tem feito o toureiro de Barajas.
López Simón triunfou em todas as praças importantes por onde
passou, colocou-se à cabeça do escalafón de matadores e parece que nada se
passou. E o que se passou foi isto:
72 festejos toureados, 128 orelhas cortadas, 7 rabos, 33 faenas de 2 orelhas, 1 indulto e 160 reses lidadas.
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Entre os escribas, não próximos dos vencedores, dos que têm
melhor prensa. Um daqueles que dá o peito e carrega a sorte na hora de
escrever, deixou estas palavras sobre Alberto López Simón e que dão que pensar.
É contudo muito cedo para saber qual será o seu lugar no toureio mundial, mas
há que fazer jus ao papel que teve na mudança de paradigma no toureio em
Espanha. |
“López Simón, Alberto, es y será siempre el Juan Bautista de
la Biblia, no el de Arles, porque abrió las puertas a los jóvenes. Arrancó como
un bólido y enseñó calidades y cualidades sensacionales. Dosificado y feliz,
Alberto debe volver al pelotón de cabeza o a la cabeza del pelotón, que no es
lo mismo.”
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