quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Como uma figura pode modificar o comportamento da afición

A velhinha (250 Anos) e bonita praça de touros de Acho, na peruana capital de Lima, estava condenada ao fracasso há uns anos atrás. Apenas as figuras espanholas que atravessavam o Atlântico, levavam gente a preencher as bancadas. Recordo-me de ver pelo então Canal +, algumas corridas em directo.
Bastou o surgir de uma nova figura do toureio para que tudo fosse diferente. José António Campuzano, essa figura do toureio de uma época em que se degladiavam as figuras lidando um leque mais amplo de encastes, depois de retirado, afirmou-se como um dos melhores descobridores de potenciais toureiros capazes de dar um passo mais do que as "figuritas" que imperavam comodamente.
Depois de descobrir e lançar a primeira figura do toureio francês que é Sebastian Castella, trouxe do Perú para a sua Gerena o jovem Andrés Roca Rey. Primeiro sem cavalos e depois com os do castoreño, Roca Rey foi dando razão à aposta do maestro que acreditou no seu potencial.
Veio a alternativa em Nimes e uma campanha espanhola (presença em Portugal pela mão de Rafael Vilhais em Salvaterra) a ombrear com as figuras que, apertadas, tiveram que demonstrar porque estavam no pódio que este jovem peruano lhes disputava tarde, atrás tarde.
Chegou ao Perú depois de uma grave lesão da qual recuperou. Arrastou consigo e com o seu toureio toda uma massa de aficionados que estava adormecida. Repetia-se o caso de César Rincón na Colômbia.
A tudo isto há que juntar uma acção de marketing publicitário em torno de Acho e Roca Rey e os frutos estão à vista. Estes são alguns dos exemplos dessa campanha publicitária.









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