Padilla pela Porta Grande do toureio e da vida (foto-J.A.Arnelas) |
- Poucas, mas mesmo muito poucas, são as profissões em que o afã de superação diário para chegar mais além, num caminho tão exigente no domínio da técnica e uma regularidade que mantém no topo um ser humano, haverá como no toureio.
Se compararmos (não sei se é comparável) por exemplo o futebol, em que os chamados craques se podem equivaler às principais figuras do toureio, sofrem um toque numa articulação ou uma rotura muscular, estão em dique seco semanas senão meses.
Se nos transportarmos para o mundo do touro, um matador que sofre uma cornada de vários centímetros, recupera de forma que até os próprios profissionais da saúde não encontram explicação plausível para o facto. Diz-se que os toureiros são feitos de outra madeira.
Quando nos lembramos de Juan José Padilla, prostrado no solo com aquele cornada horrível, nem os mais optimistas acreditavam que passados escassos meses, este homem voltasse da forma que voltou a exercer a sua profissão. Talvez o único que acreditou verdadeiramente que era possível foi ele.
Foi o triunfo do Homem feito Toureiro, sobre a adversidade. O ambiente não podia ser mais emotivo do que aquele que se viveu em Olivenza. Aos companheiros de profissão, chapeau e bonito o gesto de António Ferrera e José Cutiño ao acompanharem Padilla na saída pela Porta Grande. Em Olivenza escreveu-se mais uma página gloriosa do toureio e do que ele representa para os seus profissionais.
Sem comentários:
Enviar um comentário