domingo, 9 de junho de 2013

Santa Eulália – Festival agradável prejudicado pelo mau tempo

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No ano em que Joaquim Bastinhas comemora 30 anos de alternativa, a praça de touros de Santa Eulália voltou a abrir as suas portas no dia 8 de Junho, para a realização de um festival a favor da Associação Humanitária de Santa Eulália.
O tempo com alguma chuva mesmo à hora do espectáculo retirou público que, mesmo assim, preencheu um terço da bonita praça alentejana.
Lidou-se um curro da divisa de Santa Maria (Parladé) do Eng.º Lobo de Vasconcelos que foram nobres, com pouca cara e alguns exemplares escassos de força que o piso da praça também não ajudou.
Joaquim Bastinhas foi alvo de uma singela homenagem pelos seus 30 anos de alternativa e abriu o festival lidando um touro que por vezes não se fixava e apertava para os terrenos de dentro. A veterania e o carisma de Joaquim Bastinhas sobrepôs-se a estas dificuldades com uma lide sóbria, com cadência, consubstanciada num conhecimento que a sua já larga carreira lhe outorga.
Sónia Matias que também já vai sendo uma veterana nas lides taurinas, aproveitou as investidas templadas do de Santa Maria para com recurso à variedade fazer-se aplaudir, sobretudo nos dois ferros em sorte de violino em terrenos de algum compromisso.

Brito Paes optou por tentar um toureio a primar pelas tentativas de galopes a duas pistas, quando o touro pelo seu som e colocação, requeria mais um toureio frontal. Quando o tentou o touro permitiu outro tipo de lide e poder recrear-se nas sortes.
Marcos Tenório que coloca sempre grande entrega nas suas lides esteve algo irregular de início, para depois ir a mais, em especial com um ferro curto em que colocou todo o seu empenho. Mais centrado no último terço da lide, deixou um excelente e ajustado par de bandarilhas com a sua marca e fez-se aplaudir.
Foi meritória a atuação de Duarte Pinto, perante um touro que nos deu a sensação de ter algum problema de visão pela forma como saia das sortes e nos finais dos lances nos capotes. Esteve esforçado e deixou alguns apontamentos da sua forma de sentir e interpretar o toureio. Convidou o ganadeiro a dar a volta à arena. Em nossa opinião a corrida distinguiu-se pela nobreza e não pela bravura. O público aceitou... e é soberano.
Encerrou o festival Marcelo Mendes com um touro que lhe serviu para um toureio variado, com alguma concessão às bancadas, com números característicos do rejoneo, mas que o público aplaudiu. Andou ligado em determinado momento com o cavalo com ferro das Silveiras, muito expressivo na cara dos touros. Pecou por aceder à velha estória de “mais um ferro” e veio a menos.  
De forma resumida foi um festival entretido, onde a nobreza dos touros não colocou problemas aos cavaleiros, neste misto da veterania de Bastinhas e Sónia, aliado à irreverência dos jovens toureiros que tão necessários são para a renovação.
Seis touros e seis pegas ao primeiro intento. Por Portalegre pegaram André Grilo e Carlos Martins; foram solistas pelos de Monforte, João Vieira e Vítor Carreiras, enquanto pelos Académicos de Elvas pegaram João Bandeira e António Machado.
O espectáculo que teve ritmo foi dirigido por Agostinho Borges e realizou-se em duas horas e meia








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